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Foto do escritorFabrício Girão

Indiana Jones e a Relíquia do Destino: Crítica do Almanaque Disney

Novo filme da consagrada franquia de aventura dá a Harrison Ford, e ao próprio personagem, uma despedida honrosa.

Harrison Ford e Phoebe Waller-Bridge em cena de Indiana Jones e a Relíquia do Destino
Divulgação/Lucasfilm

Indiana Jones é um dos maiores personagens da história do cinema. Interpretado por Harrison Ford, ele representa bem o exemplo de ícone que atravessou gerações e que segue vivo no imaginário popular e na cultura pop como um todo. Dada a grandeza do personagem, era um pouco decepcionante que sua última aventura nos cinemas fosse o fraco Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal.



Ford retorna ao papel em Indiana Jones e a Relíquia do Destino, que estreia nos cinemas nesta semana, 15 anos depois do lançamento do último longa. Mais velho e emocionalmente abalado, Indy parte em uma última aventura ao lado de sua afilhada, Helena Shaw (Phoebe Waller-Bridge), em busca de um artefato que pode literalmente mudar o curso da história.


Phoebe Waller-Bridge e Harrison Ford em cena de Indiana Jones e a Relíquia do Destino
Divulgação/Lucasfilm

Relíquia do Destino não tem a mesma criatividade visual e a inventividade dos primeiros três filmes, dirigidos por Steven Spielberg, mas também nunca parece tão aleatório e desconexo como Reino da Caveira de Cristal. Em alguns momentos, o filme parece estar marcando uma checklist de elementos consagrados na franquia que precisa mostrar em tela, mas isso é superado com o investimento de Harrison Ford e a dinâmica com Phoebe Waller-Bridge.


Elementos sobrenaturais sempre fizeram parte das histórias de Indiana Jones, e aqui a trama envolvendo as possibilidades da viagem no tempo reflete diretamente os dilemas dos personagens, que contemplam as oportunidades de um tempo perdido. Indy, principalmente, precisa superar várias questões após alguns acontecimentos em sua vida pessoal. Ford, mais uma vez, dá o tom certo de humanidade que o personagem precisa.


Divulgação/Lucasfilm

Helena traz uma nova dinâmica e funciona muito bem ao lado de Jones, já que o roteiro consegue dar destaque para os dois personagens sem que um precise se sobrepor ao outro para ficar em evidência. Eles se complementam, e geram reflexão um no outro. As tiradas entre eles também oferecem alguns dos momentos mais divertidos do longa, ao lado do carismático Teddy (Ethann Isidore).


No mais, Relíquia do Destino oferece tudo que os filmes de Indiana Jones têm de melhor: cenas de ação de tirar o fôlego que utilizam muito bem os cenários ao redor dos personagens, uma aventura por diferentes paisagens mundiais e um mistério envolvente de se decifrar. Mesmo com um ar meio protocolar, o filme honra o legado de Indiana Jones e dá a Harrison Ford a oportunidade de se despedir do personagem com o carinho que ele merece.



Pôster do filme Indiana Jones e a Relíquia do Destino

Indiana Jones e a Relíquia do Destino

Ano: 2023

Direção: James Mangold

Elenco: Harrison Ford, Phoebe Waller-Bridge, Toby Jones, Mads Mikkelsen, Boyd Holbrook e Antonio Banderas.


A Relíquia do Destino oferece a Harrison Ford e ao próprio Indiana Jones uma despedida honrosa.


Nota: 4/5

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